É impossível hoje falar de Educação a Distância (EaD) sem falar das tecnologias digitais de retaguarda e da evolução de ambas ao longo dos anos. Atualmente, as tecnologias e metodologias disponíveis contribuem de maneira exponencial para o crescimento da modalidade EaD, tanto no sentido de sua expansão quanto em relação às suas formas de aplicação, oferecendo para os estudantes cursos de qualidade e com flexibilidade.
Com a proliferação do acesso à Internet e a evolução das tecnologias envolvidas, o Ensino a Distância tomou forma e proporções inimagináveis. Várias pesquisas apontam que, 2023, o número de alunos matriculados em cursos a distância deverá ultrapassar o do ensino presencial.. A estimativa é de que teremos 9,2 milhões de estudantes em faculdades privadas, sendo que 51% deverão estar matriculados em cursos on-line, de acordo com dados da consultoria Educa Insights.
Hoje, tanto na modalidade EaD quanto no mercado educacional em geral, temos disponíveis tecnologias interativas que auxiliam nos processos de aprendizagem e ensino. Em muito pouco tempo, essas tecnologias irão evoluir e mudar a forma dos processos educacionais em geral, inclusive porque permitem modelagens educacionais com resultados muito superiores aos convencionais.
Com a tecnologia mudando em ritmo sem precedentes, pode parecer quase impossível imaginar como será a aprendizagem a distância daqui a uma década. No entanto, explorar essas questões é um exercício importante, uma vez que o futuro será moldado pelas decisões tomadas no presente.
A geração da era digital
Se a maneira de buscar conhecimento também mudou, as Instituições de ensino precisam estar preparadas para aderir a essas mudanças, que são cada vez mais rápidas. Educadores precisam estar preparados para isso: para gerar e fornecer conteúdo acessível digitalmente, assim como devem inovar sempre na forma em que esse conteúdo é pensado e apresentado, utilizando-se, para esse fim, das diversas mídias e tecnologias disponíveis.
As Instituições de ensino também são responsáveis por ensinar padrões e comportamentos sociais próprios da sociedade em que estão inseridas, e, com isso, vêm percebendo aos poucos que precisam estar comprometidas com as transformações sociais, utilizar as tecnologias digitais disponíveis e estar à frente dessa evolução.
Apesar do atual contexto digital e tecnológico, no âmbito educacional há ainda algumas resistências quanto ao uso de tecnologia para aprendizagem. Mas, de encontro a isso, felizmente, muitos educadores já concordam com a ideia de que a tecnologia apresenta-se como instrumento colaborador no desenvolvimento da aprendizagem.
“Inovar nem sempre soará bem, mas brilhará aos olhos de quem enxerga além!” Deborah Evelyn
Tecnologia no ambiente educacional, um conceito em constante evolução
Segundo o Horizon Report 2017, Tecnologias de Aprendizagem Adaptativa e Inteligência Artificial são algumas das principais novidades em tecnologia educacional e que virão por aí nos próximos cinco anos.
Tecnologias de Aprendizagem Adaptativa
Compatível com o movimento de aprendizagem personalizada e intimamente ligada à aprendizagem analítica, a aprendizagem adaptativa refere-se a tecnologias que monitoram o progresso dos alunos, usando dados para modificar instruções a qualquer momento. Tecnologias de aprendizagem adaptativa, por definição, são sistemas integrados a plataformas de ensino que, de forma inteligente, fazem ajustes dinâmicos ao nível ou tipo de conteúdo baseado nas habilidades e conhecimentos do aluno, de forma a acelerar a performance de aprendizagem com a intervenção do educador mas de forma automatizada. Essa tecnologia pode se adaptar ao estudante em tempo real, provendo dados e conteúdo adicionais e interativos, tanto ao educador quanto ao aluno.
Uso de Inteligência Artificial (IA) na educação
Este foi o assunto mais explorado em toda a conferência Educa Berlin Online (conferência internacional sobre educação e treinamento suportados por tecnologia), realizada no final de 2016, e fez parte de quase todas as atividades e discussões.
Ao ouvir falar da empregabilidade de “Inteligência Artificial para a educação”, talvez, alguns de nós venhamos a nos perguntar: “Existe a real possibilidade de que algum dia as ‘máquinas de ensinar’ substituam os educadores?” Outra pergunta que deve surgir é “Efetivamente, qual seria o real impacto das IAs no meio educacional?”
Com toda a certeza, as IAs irão modificar a forma como ensinamos e como os nossos alunos irão aprender. Quanto ao papel dos educadores, as IAs não os substituirão, mas a forma de atuação do educador com toda a certeza irá mudar. Por exemplo, todas as tarefas operacionais, como a exposição de conteúdo, a organização e gestão de atividades, acompanhamento e monitoramento do nível de aprendizado serão aos poucos delegadas a aplicações inteligentes,além do suporte educacional quase que integral aos alunos. O papel do educador se tornará mais crítico, no sentido de analisar, inspirar, conectar diferentes disciplinas, desenvolver habilidades sociais e metacognitivas em seus alunos, assim como ensiná-los a aplicar esses conhecimentos na sua vida pessoal e profissional.
Pensando o presente visando ao futuro da educação
No atual mercado EaD, embora auxilie e esteja diretamente envolvido no processo de aprendizagem e na interação das Instituições com o aluno — inclusive servindo como meio principal para ambos, o uso de tecnologia no ambiente educacional não se restringe apenas às relações “Aluno-Instituição”, mas também está disponível para auxiliar os educadores e suas respectivas Instituições nos diferentes processos de que estas se utilizam. Exemplo disso é a Plataforma Deduca, em fase beta, que será disponibilizada em breve pela Delinea Tecnologia Educacional.
A plataforma surgiu de uma necessidade interna da Delinea de poder utilizar e gerenciar de forma eficaz a grande quantidade de conteúdo e objetos de aprendizagem que já havia desenvolvido ao longo dos mais de dez anos de operação da empresa, e, com isso, reduzir prazos e custos de produção.
A Deduca é uma plataforma inteligente que foi desenvolvida visando ao reaproveitamento e categorização de materiais didáticos digitais de uma maneira fácil e descomplicada, permitindo que esses materiais possam também ser facilmente localizados. A solução apresentada pela Deduca é dar autonomia para as IES gerenciarem seus próprios conteúdos para EaD.
Com a plataforma, as Instituições poderão categorizar conteúdos e objetos de aprendizagem, e, inclusive, categorizar os profissionais envolvidos nos processos de desenvolvimento e customização desses materiais, facilitando a construção de novos materiais didáticos.
Por exemplo, com base nos itens da ementa, é feita a busca de conteúdo específico, que é direcionado à Plataforma, por meio da IA, demonstrando o percentual de aderência à necessidade da IES. Os conteúdos e objetos de aprendizagem encontrados podem ser customizados e reorganizados para compor um novo curso.
A plataforma também indica os melhores profissionais para essa customização e, no caso de novos conteúdos, serão produzidos por colaboradores já cadastrados. A Deduca gerencia a contratação, finalização e pagamentos dos serviços dos profissionais cadastrados, permitindo o gerenciamento da produção por etapas.
A Deduca é a solução ideal para as Instituições educacionais reduzirem custos, otimizarem o tempo de desenvolvimento de um novo material didático e, ainda, manterem um maior controle, gestão e aproveitamento do seu banco de conteúdos.
Inovar no ambiente educacional é a garantia de se continuar evoluindo.
Assim como não podemos nos imaginar hoje sem nossos gadgets, que nos acompanham em quase todas as nossas tarefas cotidianas, devemos pensar no futuro da educação como algo indivisível da tecnologia digital e investir cada vez mais nisso. Investir em tecnologia para o ensino é investir no futuro de nossa sociedade, inclusive porque essa sim pode ser a solução para o “triângulo de ferro” dos desafios educacionais: custo, acesso e qualidade.
Utilizar, difundir e investir em tecnologias digitais no meio educacional não é apenas uma necessidade, mas uma meta que todos nós devemos ter. Assim, nós, educadores, em nosso papel de contribuir com a autonomia das pessoas, devemos não apenas estar preparados para isso, mas buscar alternativas tecnológicas e metodologias inovadoras que venham a democratizar a educação e contribuir com a evolução social sustentável.