Nem todo conteúdo para modalidade EaD é igual. Alguns são melhores que outros, sendo que a métrica mais importante desse processo é o valor que esse tem para os estudantes. O conteúdo facilita e ajuda a experiência de aprendizagem e, por isso, entender quais erros mais prejudicam o seu momento da criação é fundamental para ter um material excelente.
Na pesquisa Expectativas do Ensino no Brasil, da Minds & Hearts, empresa da holding HSR Specialist Researchers, 29% dos entrevistados destacaram como ponto positivo os recursos de tecnologia utilizados no conteúdo das aulas. Além disso, didática/metodologia foram apontadas por 16% dos estudantes como principal benefício. A partir deste estudo, é possível entender como a preparação do material e a didática são importantes para o engajamento e retenção dos estudantes.
Com base em nossa experiência de criar e gerenciar a produção de conteúdo para os nossos clientes, sejam instituições de ensino ou empresas corporativas, apresentamos seis principais dicas para evitar alguns erros que acontecem na criação de material para a modalidade de ensino a distância e que devem ser evitados, bem como compartilhamos algumas dicas para torná-lo ainda mais relevante.
Dica 1: A importância da apresentação do conteúdo
Dizem para não julgar um livro pela capa, mas a realidade é que as aparências contam no mundo digital. Afinal, se um estudantes der uma olhada no conteúdo e achar que ele parece monótono, é improvável que se sinta motivado a prestar atenção nele.
A chave aqui é criar uma aparência que atinja o equilíbrio ideal entre ser visualmente atraente e profissional. Conhecer o público e desenvolver a aparência correta do conteúdo digital significa que você irá atrair e aumentar as chances de fazer com que os estudantes se sintam engajados para o estudo.
Dica 2: Conexão entre idéias e conceitos
Os estudantes precisam ser levados a uma jornada que os ajude a entender o conceito ou tópico e a aprender a habilidade, processo ou procedimento. A maneira como você apresenta o conteúdo para o ensino a distância deve deixar claro como uma informação se conecta com a próxima e como ideias e conceitos se unem.
É vital que os estudantes entendam o processo de aprendizagem do conteúdo e como esse material se inter-relacionam para formar a estrutura de um conceito ou ideia. Existem muitas teorias sobre como o cérebro reage a associações de ideias, como o Processamento Distribuído Paralelo (PDP), que identifica como o desempenho da memória é maximizado quando o estudante reconhece facilmente as conexões entre as ideias.
Dica: Ao desenvolver os conteúdos com um processo criativo e dinâmico para o aprendizado, você pode facilmente criar conexões entre a teoria e as experiências de aulas anteriores.
Dica 3: Combinar teoria e prática
O melhor conteúdo para o ensino a distância é aquele que os estudantes também podem colocar em prática e viver as situações na sua rotina. É improvável que você consiga isso apenas com a teoria, mas terá um material que gera engajamento se incluir situações e cenários do mundo real para explicar os tópicos. Isso fará com que o estudante contextualize as informações, aumentando as chances de retê-las e usá-las corretamente.
Ainda na pesquisa Expectativas do Ensino no Brasil, 37% sentem falta das aulas práticas. Por isso, outra dica é incluir exercícios que os estudantes possam fazer como parte da aula, como tarefas individuais ou criando grupos para que eles possam discutir o assunto por meio de uma videoconferência.
Com isso, é possível agregar o benefício adicional de promover a troca de experiências e incentivar cada estudante a compartilhar seus conhecimentos com os outros. Para 56% dos entrevistados, o ideal é romper com o modelo mais convencional de aulas e torná-las mais interativas, com maior troca de ideias entre estudantes e professores.
Dica 4: Adaptar o conteúdo para o aprendizado móvel
O EaD costumava ser sobre fazer login em um computador de mesa, mas esses dias ficaram no passado. Hoje, o aprendizado móvel é uma parte igualmente importante do processo de ensino e aprendizagem. Afinal, todos nós temos um smartphone e os educadores que não levam isso em consideração estão deixando de utilizar algumas ferramentas importantes para o aprendizado.
Segundo dados do IBGE, de abril de 2021, o percentual de estudantes que utilizam o celular para estudar é de 97,4%. Na mesma pesquisa, os índices ainda apontaram que os estudantes utilizam também o microcomputador (56,0%), televisão (35,0%) e tablet (13,4%), em momentos em que não estão fazendo uso do celular para o consumo de conteúdo educacional.
Um dos principais benefícios é que você pode levar o conteúdo de aula para qualquer lugar, o que significa que é possível baixá-lo e acessá-lo off-line ou estudar a qualquer momento. Isso pode ser pensado como parte de uma mudança mais ampla no mundo da educação, assim você pode considerar diminuir parte do seu texto, substituindo-o por recursos visuais, sejam imagens, infográficos, vídeos ou outro tipo de mídias. Mas lembre-se de que muito do mesmo é demais, variedade é a melhor opção!
Dica 5: Tornar o conteúdo desafiador
Não entregue todo o conteúdo de uma vez só aos estudantes, pois eles ficarão entediados e desinteressados, além de não aprenderem o que é necessário. A melhor abordagem é desafiar os estudantes e fazê-los pensar ”fora da caixa” em resoluções para as problemáticas propostas. Introduzir desafios e fazer com que os estudantes reflitam sobre o assunto pode melhorar significativamente a retenção a longo prazo.
Dessa forma, eles irão aprender e reter o conteúdo das aulas. Para isso, não torne a leitura do texto difícil, como por exemplo:
- Linguagem formal demais.
- Conteúdo apresentado em grandes blocos e grandes parágrafos.
- Páginas inteiras de texto, em tela após tela.
A dica é usar linguagem de conversação cotidiana, bem como frases e parágrafos curtos para dividir o texto em suas aulas a distância. É importante que o estudante se sinta desafiado pela experiência de aprendizagem, mas não a ponto de ficar frustrado e desejar desistir.
O desafio intelectual fornece motivação ao estudante e a sensação de ter entendido os pontos e tópicos de aprendizagem estimula o estudante a aprender mais.
Dica 6: Foco no aprendizado eficiente do estudante
O material para o EaD que você está criando não é somente sobre o conteúdo, é a unificação entre o conteúdo e o seu público-alvo: o estudante. Embora o desejo de ensinar o máximo possível seja compreensivelmente importante, cair na armadilha de simplesmente tentar encher a cabeça do estudante com uma enorme quantidade de informação é muito comum.
Quando se trata de criar conteúdo para aulas a distância, o problema pode estar no assunto se tornar o item dominante para o professor ou conteudista, em vez do resultado desejado ser a parte dominante, ou seja, o aprendizado eficiente do estudante e a construção do conhecimento por ele.
Portanto, compreender como o material é relevante e se conecta com o estudante deve ser o objetivo daqueles que recebem a responsabilidade de criar conteúdo para EaD.
Criando conteúdos fantásticos para EaD
O tipo de conteúdo para EaD que beneficiará sua instituição de ensino ou empresa é quando esse utiliza o tom certo, que além de enriquecer a experiência de aprendizado ainda ajuda os estudantes a compreenderem e reterem os conhecimentos. Para isso, evitar os erros anteriormente citados é um bom norte para começar.
Vamos conversar? Fale com um de nossos consultores pelo (48) 3197-4212. Podemos apoiá-lo nesse processo de construção de conteúdos – tanto personalizados quanto na escolha dos materiais de acervo.
