Dos computadores pessoais aos smartphones, o setor educacional certamente foi um dos que mais se beneficiou com a transformação digital.
A partir dela, novos recursos, estratégias e experiências de aprendizagem surgiram, tanto para aumentar o engajamento dos alunos quanto para facilitar a vida dos docentes.
E essa transformação não tem a previsão de acabar: se nos últimos tempos, a Inteligência Artificial vem dominando as discussões (principalmente por conta do queridinho ChatGPT), existe outra inovação que não pode ser esquecida: a Realidade Virtual.
Pode até parecer tema de filme de ficção científica, mas a verdade é que a Realidade Virtual já está aí e pode contribuir muito com a educação. Quer saber como? É o que vamos explicar a partir de agora!
Por que é importante pensar a relação entre realidade virtual e experiências de aprendizagem?
Em primeiro lugar, é importante lembrarmos que a nova geração nasceu com a tecnologia.
Para eles, as multitelas e o consumo acelerado de conteúdos diversos não são uma novidade, fazendo parte da sua formação enquanto ser social.
Desta forma, algumas características da Realidade Virtual podem resultar num match perfeito, que garantirá o engajamento desses alunos. São elas:
- Interatividade
- Imersão
- Dinamismo
- Autonomia
- Sensorialidade
Além disso, o uso da Realidade Virtual também pode fazer a diferença para fins de inclusão e acessibilidade, permitindo experiências até então inacessíveis.
E, claro, pode ser uma ferramenta poderosa para ajudar alunos com dificuldade de foco e atenção, graças à imersividade proporcionada.
Quais desafios podem aparecer nessa implementação?
O principal obstáculo para a criação de experiências de aprendizagem a partir da Realidade Virtual é, sem dúvidas, o financeiro.
Apesar de algumas ferramentas já serem mais acessíveis do que eram há alguns anos, esta tecnologia ainda passa longe de ser algo viável para alunos de regiões mais pobres.
Sendo assim, é necessário um esforço conjunto entre Instituições de Ensino e representantes do poder público para tornar as experiências educacionais em RV mais democráticas.
Outro desafio são os efeitos colaterais que o uso do óculos pode ocasionar em algumas pessoas: são comuns as queixas de enjôos, vertigens e – em casos mais raros – ataques epiléticos.
Exemplos práticos de como a realidade virtual pode criar experiências de aprendizagem
Passeios e visitas
Graças a Realidade Virtual, é possível organizar “visitas” a lugares antes inalcançáveis.
Já pensou levar uma sala de aula inteira às pirâmides do Egito? Ao Vaticano? Ao Museu do Louvre?
Com a RV, professores podem criar uma experiência imersiva, onde os alunos interagem com os ambientes e objetos.
Isso aumenta o grau de engajamento, facilitando a absorção do conteúdo, além de propiciar uma experiência inclusiva e ampliar a noção de mundo.
Realidade aumentada
Antes de mais nada, é preciso diferenciar Realidade Virtual e Realidade Aumentada.
Enquanto a RV cria um ambiente virtual do zero, sem utilizar nenhum elemento do mundo físico, a RA mistura virtual e físico, inserindo elementos dentro do nosso mundo.
Um exemplo famoso de Realidade Aumentada é o jogo Pokémon Go, que convida os usuários a caçar pokémons pelas ruas das grandes cidades.
Trata-se de uma tecnologia com alto potencial de engajamento, que pode ser usada para injetar dinamismo no ambiente da sala de aula, além de tornar as explicações mais visuais e concretas.
Experiências de aprendizagem baseadas em jogos
E já que falamos em Pokémon Go, não podemos deixar de falar da gamificação e da sua importância nas estratégias pedagógicas modernas.
A gamificação é uma metodologia ativa que busca trazer elementos dos jogos para a sala de aula e se valer das suas dinâmicas para auxiliar no aprendizado dos alunos.
Desta forma, além dos conteúdos acadêmicos, é possível trabalhar elementos como o raciocínio lógico, trabalho em equipe, agilidade, entre outros.
Aprendizagem baseada em projetos
Outra metodologia ativa – que pode ou não ser trabalhada em conjunto com a gamificação – é a aprendizagem baseada em projetos.
Através dela, os alunos são convidados a se tornarem agentes do próprio aprendizado, resolvendo desafios e construindo projetos com os conhecimentos vistos em sala de aula.
Ao unir esses desafios com a Realidade Virtual, as possibilidades aumentam, garantindo um exercício maior da criatividade, além de preparar os alunos para lidar com a tecnologia na resolução de problemas do dia a dia.
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